terça-feira, outubro 03, 2017

BÁLSAMO E A ÁGUA


No brado úbere da terra
Milhares de fios de Penélope sobre o cotovelo
Dos dias de espera. E barcos vazios
E o sangue fermente. Macerado
Na dor da ausência...

Nesse grito a eterna sede das "mulheres de Atenas"
Vestidas de negro e de olhar profundo
De pranto escorrido.
E riso em cascatas
Festivas. Como bacantes
Em febre...

Bálsamo e a água
Com que o mistério do amor celebra 
O corpo dos proscritos…


Manuel Veiga

(poema reeditado)

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