“Ajoelha e serás
crente!...”
– Escreveu Pascal um dia
Em seu fervor
jansenista...
Assim o poeta
Invocando a
graça
A arder na
sílaba
Letra a letra...
E na fonte de
água pura
Onde a sarça se
incendeia
E os lábios
Peregrinos
São sede e beijo
O poeta recolhe
o nome
E grita
E se imola
Na ara interdita
Do Desejo.
Espada e gume
Rasante em sua
dor
E teima...
Manuel Veiga
15 comentários:
Desapercebidos mas felizes os ajoelhados
serão sempre incapazes de criar novos deuses
talvez os poetas os ajudem a levantar
Abraço poeta
Teimo em crer.
:)
Sofre o poeta, na busca do belo, antes de se entregar de joelhos...
Beijos, Manuel!!!
E bem faz o poeta, em teimar, o contrário seria afronta...
Um abraço
Há sempre um poeta a passar por dentro do poema, a rasgar a palavra, a fazê-la (re)nascer da rocha. Tão bela!
Lídia
É nestes momentos que gostaria de conseguir guindar-me à tua altura, Poeta.
Não me ajoelho, nem no templo de Deus o faço, mas curvo-me à beleza e força das tuas palavras!
Um beijinho,
de profunda admiração.
Janita
No processo do nascer de cada palavra, a paixão
do poeta (pelas palavras) impulsiona o poema e
este o leva a paixão, em busca dos lábios no
arder dos encontros e desencontros...
Assim, a vida, poderia ser um poema!...
Mas, o poema é que pode ser a vida...
Muito, muito belo, Poeta!!
beijo.
E a graça chega ao poeta através do brilho que confere à união de palavras, transformando tudo em sentimento. Abraço.
O que seria da poesia sem essa teimosia .
Um beijinho e boa semana
Fê
Teime! Teimo! Um bj meu querido poeta
Que mais dizer quando o já dito nos emudece de tantas palavras por dentro? Melhor guardá-las no baú das preciosidades...
Assim, leio-te sempre: letra a letra...
Beijo,
Genny
E o poeta grita e se imola...
E nos ajoelhamos todos e nos fazemos crentes na poesia que liberta, que escraviza, que liberta...
Sorrisos, estrelas, carinho, nesse teu caminhar de Poeta!
Helena
Tens na tua poesia uma sensibilidade que me toca.
Um certo erotismo que estará longe de Pascal, comprensível na alma de um 'herético :-)
Lindo sempre teu poetar.
Beijos
O homem é comandado pelo Desejo, e a busca incessante para saciá-lo não lhe dá descanso. Mas apenas os grandes poetas sabem exprimir essa "teimosia" em busca da satisfação existencial.
Belo poema!
xx
O poeta transfigura-se na ara. De espada e pena no acto renasce o belo da poesia.
Qual auto de fé.
Abraço.
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