terça-feira, abril 26, 2011

O SALTIMBANCO, O POETA E O VELHO...


Nesse dia o saltimbanco
Trepou ao cume
E plantou bandeira
Rubra
Como lume...

Quinas e feitos
Antigos
Abriram-se
E nova insígnia
Lapidada...

“É a Hora!”
Diz o Poeta...
      - “Não é nada
“É o costume!...”
Resmunga o velho
Avinagrado…

E o saltimbanco
Agora
Ouvindo
O grito ainda
Subindo
E a avenida
Em rio como flor
(De dor maior)
Solta vergado
À nostalgia:

“Arre! Merecia melhor
O meu Povo!...”

























7 comentários:

São disse...

Pois merecia...mas então porque não muda de voto?

Será desta...ou ainda não?


Um cravo vermelho te ofereço.

hfm disse...

Merecia bem melhor! Mas teriam de se mudar todos os actores.

Licínia Quitério disse...

Merecer, merecia,mas haverá alguma coisa que se chame "cegueira colectiva"? É que é tão difícil explicar que um povo "escolha" repetidamente os seus carrascos.

Admiro-me, como o saltimbanco!

Beijo.

lino disse...

Na solidão da câmara de voto voltam os velhos fantasmas.
Abraço

jrd disse...

Pois merecia (mas não todo)!
Abraço

M. disse...

Merecia, pois merecia.

MS disse...

um poema bem ao teu jeito, um pouco mais subtil!

Gosto assim! A mensagem passa...

Um beijo,
(muito criativa a ideia de reinventares as 'três personagens' do conto tradicional que mais parece uma parábola...)

CELEBRAÇÃO DO TRABALHO

  Ao centro a mesa alva sonho de linho distendido como altar ou cobertura imaculada sobre a pedra e a refeição parca… e copo com...